quinta-feira, 3 de julho de 2014

o poema #13 (ou antiode para quem não dança)


the seed of all this indecision isn’t me:
sob a coberta os ossos descansam
e o corpo e as nervuras
e outras coisas incomestíveis
se arredondam como os movimentos da mão
entre os cabelos
e a sede na nascente do pescoço

(não sabe nada sobre ele
sabe sobre o corpo)

numa perspectiva inverossímil eu estaria fazendo poemas agora
e toda a rua, em grito uníssono
estaria repetindo como palavra de ordem:
poesia não é política;
e toda a rua, estaria criando:
um novo discurso,
escolhendo uma nova teoria

(o objeto já morto,
cansado de gozar na mesma cama)

e a(pós), e falando
sobre teorias econômicas que vão realizar a internacional
e também performando sobre o corpo
e dialogando com ele,
e de tudo fica um discurso

quanta coisa inacabada
and I believe I am the
luckiest person alive
mas todo mundo morre
e não sabe nada sobre ele
sabe sobre o corpo


Nenhum comentário:

Postar um comentário